23 de janeiro de 2013

A vez das juntas de freguesias


De uma forma generalizada, pelo interior do país os partidos dos pançudos, como diria a nossa querida Odete Santos, foram fechando escolas, postos de correios, centros de saúde, tribunais, cortando nos parcos transportes públicos que ainda existiam e segue-se a extinção de 1165 freguesias.
Quer-me cá parecer que portas abertas ao público nestas localidades só restarão mesmo as dos cafés e mercearias, ainda que por pouco tempo, pois há que entregar mais esse número de clientes às grandes empresas de retalho para que nos tenhamos de ajoelhar em agradecimento quando o tio Belmiro e o Dr. Soares dos Santos se vangloriarem do número de postos de trabalho que oferecem ao país, com grande sacrifício seu, apenas pelo prazer da caridade que tanto os caracteriza.
Tendo em conta a falta de vergonha a que esta corja já nos habituou, alguém tem dúvida de que brevemente, talvez na campanha eleitoral das autárquicas que se avizinham, eles apareçam com discursos sobre medidas de combate à desertificação do interior. Sim, porque na hora de contabilizar as autarquias ganhas e decidir o partido vencedor, o interior é lembrado; nas eleições legislativas ou presidenciais, os seus votos não chegam para eleger ninguém…
Cá estarei para me certificar que não falhei nesta previsão mais que previsível.

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