Parece que um qualquer Sr. Director Operacional da Inspecção-Geral das Finanças mandou destruir, à luz de uma qualquer portaria que o permite ao fim de três anos, uns quaisquer documentos que seriam fundamentais para apurar responsabilidades no escândalo das swaps.
Ouvindo isto, pensei: "Curioso... Um zé ninguém como eu, se declarar a compra de uma caixa de Ben-U-rons no IRS tem de guardar a factura durante 5 anos, estes tipos fazem aplicações financeiras de alto risco no valor de milhões, com o dinheiro dos contribuintes, e em três anos podem "despachar" as provas. Não pode ser, algo de errado se passa nesta história, o Sr. Director Operacional deve estar equivocado. Mandou destruir umas facturas das despesas que fez a levar os filhos ao Badoca Parque e agora pensa que eram documentos importantes do Estado Português."
Às tantas, os documentos terão ficado esquecidos na mesma pasta onde ficaram os dos submarinos. Deve ser isso..."
Entrementes, a Inspecção-Geral das Finanças já se apressou a dizer que não se responsabiliza pela trabalhada. Consta nos corredores do Ministério que a culpa é da senhora da limpeza, a Dona Maria, que em tempos já fez limpeza no Ministério da defesa. Gente irresponsável, é o que é... Tudo começa a fazer sentido...
E eis que, o Sr. Director Operacional se interroga sobre a razão pela qual os documentos dos processos da CP, da Carris e de um qualquer relatório ainda existem. DONA MARIA!!! DONA MARIA!!!
A concorrer para o prémio de melhor argumento, a história não se ficou por aqui, então não é que afinal o prazo para a destruição dos documentos era de 20 anos...? Mau...
Ninguém explicou isso á Dona Maria???
(continua)
