De uma forma generalizada, pelo
interior do país os partidos dos pançudos, como diria a nossa querida Odete
Santos, foram fechando escolas, postos de correios, centros de saúde,
tribunais, cortando nos parcos transportes públicos que ainda existiam e
segue-se a extinção de 1165 freguesias.
Quer-me cá parecer que portas
abertas ao público nestas localidades só restarão mesmo as dos cafés e
mercearias, ainda que por pouco tempo, pois há que entregar mais esse número de
clientes às grandes empresas de retalho para que nos tenhamos de ajoelhar em
agradecimento quando o tio Belmiro e o Dr. Soares dos Santos se vangloriarem
do número de postos de trabalho que oferecem ao país, com grande sacrifício
seu, apenas pelo prazer da caridade que tanto os caracteriza.
Tendo em conta a falta de
vergonha a que esta corja já nos habituou, alguém tem dúvida de que brevemente,
talvez na campanha eleitoral das autárquicas que se avizinham, eles apareçam
com discursos sobre medidas de combate à desertificação do interior. Sim,
porque na hora de contabilizar as autarquias ganhas e decidir o partido vencedor,
o interior é lembrado; nas eleições legislativas ou presidenciais, os seus
votos não chegam para eleger ninguém…
Cá estarei para me certificar que
não falhei nesta previsão mais que previsível.