5 de agosto de 2011

Reflexos de uma depressão crónica...

É um braço de ferro, mas sem braços. Sem um polegar que se esforça por magoar o adversário. Sem um cotovelo que teima em levantar-se da mesa.
Aqui não há batota. Só sofrimento.
Mas não vergo, não vou chorar.
Continuo firme nesta luta contra essas tipas salgadas que empurram, fazem força de mil homens e que eu suporto não sei bem como nem até quando.
Por vezes uma delas põe-me um brilho no olhar, e eu, optimista como nunca, lá penso: "Afinal ainda tenho brilho em alguma coisa". Depois esmago-as apressadamente com as costas da mão e lá se foi o brilho. Sou novamente fosco.
Que raio!? Nem isto controlo?
Com que direito me denunciam?
E se ela nota? Onde vai parar toda esta frieza em que me empenho?
De repente algo que me tranquiliza. Alguém que passa e me diz: - "Está com uma conjuntivite, tem os olhos vermelhos!"
Boa! Sempre me posso desculpar por aí, já começava a abusar da desculpa da constipação.
E eis que, inesperadamente, algo me faz sorrir. Diz o Júlio Machado Vaz: "... não existe pior vergonha que a de não explorar o amor com alguém de quem se gosta".
...
Devias de ter vergonha!!! Meu amor...

Mais do mesmo e eu... Bocejo...


Pedro Passos Coelho muda regras de nomeação no Estado, o que vai fazer com que não hajam nomeações sempre que mudar o Governo.
Adivinhem quem está no Governo e vai fazer as primeiras nomeações? As que são para ficar...
Claro que estou a ser injusto, alguém teria de tomar a decisão, assim como bradar aos quatro ventos que os membros do Governo vão passar a viajar em classe económica, quando é a TAP que oferece os bilhetes...
Entretanto com o novo mapa autárquico deve cair a lei que previa regular o limite de mandatos dos autarcas.
Há que negociar com os dinossauros!!!
Saiu o Engenheiro Sócrates e os alunos portugueses voltaram a baixar o seu aproveitamento.
Matemática teve mais negativas do que positivas pela primeira vez desde 2007.  Português com o pior registo desde 2006, ou seja, mais ou menos a altura em que o Sr. Engenheiro chegou ao Governo...
Que saudades das excelentes políticas educativas do PS ...

4 de agosto de 2011

Não resisto a partilhar

Preparo aulas. E tropeço numa comparação deliciosa.
Partindo da obra A Teoria dos Sentimentos Morais,
de Adam Smith, em que - aparentemente, sou leigo
na matéria... - ele sublinha a importância da capacidade
de nos pormos no lugar do Outro, única forma de
moderar a cupidez no mercado, Laqueur demonstra
como a masturbação era condenada por também ir para
além do «egoísmo e luxo permissíveis» numa sociedade
burguesa que mergulhava nas delícias do consumo.
A masturbação, como a especulação, não seria geradora
de qualquer bem comum.
E digo para os meus botões: estaríamos bem melhor
se alguns financeiros, portugueses e estrangeiros, se
entregassem mais ao auto-erotismo e menos à actividade
bolsista...

 "Curiosa equivalência" - Júlio Machado Vaz (aqui entre nós)